Pedro anónimo e o cão abandonado -Parte II

Futre... Futre era esse o nome. Era o cão de Pedro. De porte pequeno cor de mel e muito dócil. Já tinham passado dois dias, Futre continuava desesperado a cheirar todos os recantos, levantava a cabeça e o seu nariz sempre a trabalhar. Estava aterrorizado. Os carros passavam a uma velocidade estonteante, Futre tinha que atravessar a estrada para o outro lado, correu, correu sem parar e por pouco não foi atropelado. Chovia imenso, era ainda Abril, Futre não tinha desistido de encontrar o caminho para casa, e seguia o seu instinto como se fosse o seu destino. Estava agora no centro da cidade, muitas pessoas, muita confusão, as pessoas tentavam assustá lo, alguns adolescentes tentavam dar-lhe pontapés, mas Futre conseguiu sempre escapar. Parecia estar destinado a encontrar o seu dono. Estávamos já no terceiro dia, Futre estava sentado no passeio em frente aquela que seria a sua casa. Pedro tinha acabado de entrar em casa carregado de compras e a janela da cozinha dava directamente para a estrada, Pedro cruza o olhar com Futre. Futre decide atravessar a estrada carregado de felicidade e com a sua cauda a abanar de tanto contentamento por ter visto o dono, mas sem se aperceber um camião ia a passar e atropela Futre. Futre foi atirado contra o passeio e morreu. O sangue ficou espalhado perto da entrada da casa de Pedro. Pedro ficou em choque mas já nada havia a fazer, Futre estava morto. Por isso não seja mais um Pedro, e não se esqueça, um animal de estimação é um membro da nossa família.

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