Era eu
Tinha a mão carregada de sangue, no chão um corpo já sem vida. Sentia-me confuso, sem saber o que tinha acontecido. Havia sangue por todo o lado, as paredes tinham frases escritas em sangue, ao longe ouvia a porta a bater com a violência que o vento trazia, chovia lá fora, devia ser Inverno. Não sei o que se passou, nem sei onde estou, a sala está quase na penumbra, no chão uma faca ensanguentada, um corpo e eu. Não está aqui mais ninguém, o medo apanha-me de surpresa, nem consigo caminhar, tenho as pernas a tremer, sinto arrepios por todo o corpo, não sei o que fazer. Tento-me lembrar do que aconteceu mas não consigo.
Ganho coragem para ver quem está ali no chão morto, tenho um mau pressentimento, quando lhe vejo a cara fico em choque, não pode ser. Sou eu, sou eu que estou ali deitado naquele chão frio, naquela sala escura, coberto de sangue, não pode ser!
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