A sinfonia da dor
Gritavas, choravas, praguejavas vezes sem conta, era algo que se aponta no coração e se grava na cabeça. Levantavas-te, arrastavas os pés até ao sofá, voltavas a sentar-te, levantavas e voltavas a deitar. Era uma espécie de sinfonia da dor, uma coisa só tua, como se o mundo se afogasse no teu peito que amua.
Silêncio, escuridão, eram vozes caladas que escutavas por entre a multidão, era o ritmo cansado de quem teimava respirar a solidão. Choravas, gritavas como se não houvesse amanhã, como se o mundo acabasse já, como se tudo o resto não fosse para ser vivido. Lembro-me de tudo o que falavas ao ouvido, lembro a dor que te levava para bem longe de mim, lembro muito bem da tua sinfonia da dor que te acompanhou até ao fim.
Silêncio, escuridão, eram vozes caladas que escutavas por entre a multidão, era o ritmo cansado de quem teimava respirar a solidão. Choravas, gritavas como se não houvesse amanhã, como se o mundo acabasse já, como se tudo o resto não fosse para ser vivido. Lembro-me de tudo o que falavas ao ouvido, lembro a dor que te levava para bem longe de mim, lembro muito bem da tua sinfonia da dor que te acompanhou até ao fim.
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