O 25 de Abril de hoje

A revolução chegou, gritavam nas janelas abertas da cidade, a revolução chegou pregavam os militares que desfilavam pelas ruas, os cravos na lapela, nas praças eram centenas de pessoas a comemorar a revolução. Passados tantos anos deste já longínquo 25 de Abril de 1974, vivemos tempos completamente diferentes. Segundo uns, muito melhores, segundo outros, muito piores. A liberdade de expressão, a democracia, foram marcos significativos na nossa sociedade mas com o tempo foram vitimas de envenenamento e de uma morte lenta, ora vejamos: alguns gritam aos quatro ventos que este País é um País de corruptos, ladrões e de tachistas, outros não estão nada de acordo e comentam que estamos num País com uma excelente politica e uma excelente democracia. Sem ilusões e sem papas na língua, concordo mais com a primeira opção. Depois de uma revolução calma e de cravos, os espinhos vão-se espetando na nossa politica, e o povo continua a ser o maior sacrificado. A banca domina o País, o País é vendido a preço de saldo, as empresas do Governo são vendidas a preços de chuva, os particulares compram e fazem dessas empresas, empresas de referência. O povo chora, os políticos aumentam os impostos, o povo continua a chorar e os políticos continuam armazenar  ajudas de custo, altos rendimentos, e três salários chorudos ao fim do mês.
A grande diferença do 25 de Abril de 1974 para o de agora é que no de 74 o povo gritava pela revolução e no de 2018 chora por essa mesma revolução.