Já não sinto

Já não sinto, já não minto quando me vês. Já não sei quem és nem quem eu sou, sei que sou apenas um pedaço do que aqui ficou. Já não te vejo, já não precisas de mim eu sou só eu neste precipício que é o fim. Estes barulhos andam dentro da minha cabeça mergulham-me em dores o que resta deste corpo fraco e eu teimo em ser um saco, um derrotado sem caminho, já não sinto, já não vejo, já não amo! Sou tolo exclamo, sou cobarde reclamo, já não sinto, já não importa o que não me mata só me corta, já não sinto, já não vejo, já não te tenho e o que me importa?