Caminhos percorridos

Caminhei tanto, percorri tanto chão em vão sem corrimão no perigo activo de o fazer em contra mão. Vejo o meu rosto de novo em corpo de velho, vejo o que quero e o que não quero, o caminho chegou ao fim, aqui vejo tudo o que fiz e o que deixei por fazer, são mais as saudades do que aquilo que eu quero saber. Não me resta nada, nem mesmo uma cama e roupa lavada, estou sozinho no fim desta estrada, parvo, estúpido e de espírito desassossegado sempre fui solidão com este ar desinteressado. Estou cansado de não mudar mas dizem-me que nunca é tarde basta acreditar, vou ver do que estão a falar, talvez o caminho me leve para um outro lugar.