Mordeste a mão

Agora só vejo sangue, mordeste a mão de quem tanto te deu de comer, começas a salivar porque queres mais do que um só prazer. Eu que te ajudei tanto agora mordes-me a mão sem mais encanto, talvez fique neste pranto de quem não acredita no que o corpo sente. Agora sou apenas um corpo moribundo no chão, vejo que ficas feliz por me morder a mão, vejo-te com esse sorriso sádico nos lábios e os olhos brilham como nunca antes. Agora a morte é certa e o que será de ti numa estrada incerta, talvez tenha falhado e não ter considerado que eras um imbecil, talvez um idiota com cobardias mil.