Sem medo

Neste tempo tão urgente e divergente de te querer eu até julgo que me esqueço de te vir receber. São tempos diferentes estes que sopram agora, parece chuva de ferro que mora lá fora, o corpo está fraco de tanto sofrer, será este o mundo que Deus ousou ter? Brinquedos em mãos e corações deitados a arder, viver de pé cansa e já não tenho prazer, virá a morte buscar-me antes de eu arrefecer? Não sei, nem quero saber, respiro em vão e como o seu tempo, ninguém vêm com fome, muito menos com o vento, já não tenho medo, já não tenho falas, apenas escrevo enquanto te calas.

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