Talvez um basta não chegue

Foi um basta, foi um grito, foi um movimento, muito grande de inicio mas foi ficando cada vez mais lento, cada vez mais silencioso, cada vez mais penoso. Não chega um basta, não chega um grito, não chega ficar em silêncio.
Enfermagem voltou a ser esquecida, os enfermeiros voltaram a ser guardados no armário. É claro que o Governo não vai fazer mais nada pela classe e assim vamos continuar mais um bom par de anos a espreitar por melhores condições e a natural valorização dos enfermeiros. Claro que atirar pedras ao vizinho é bem mais fácil, claro que ver as pedras a cair no quintal  alheio é bem melhor do que levar com as nossas próprias pedras mas eu continuo a defender uma enfermagem global, uma enfermagem que dá valor a todos os enfermeiros e onde o enfermeiro do centro de saúde é igual ao enfermeiro do hospital e igual ao enfermeiro de um lar. O salário de um enfermeiro base num lar deveria ser igual ao base de um enfermeiro em contexto hospitalar. Para mim isso é justiça, no nosso País parece que temos enfermeiros de primeira, segunda e terceira. Talvez enfermagem ficasse mais forte desta maneira, desta outra maneira de ver as coisas, englobar toda a classe numa luta que é mais que justa, talvez dessa forma se conseguisse parar o País, assim como fizeram os camionistas, um bom exemplo de como parar o País.
São apenas palavras, são apenas desabafos, talvez loucura de quem não pensa da mesma forma.

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