Não quero esta terra

Queria resistir à força que me mantêm em pé, queria voltar a retumbar toda a minha fé, queria existir e permanecer na tua pele o máximo de tempo possível, queria violar-me de todas as regras que me fazem esconder a minha verdadeira identidade. Não sei o meu nome nem a minha idade, sei que morro com falta de imunidade e vícios que me comem o corpo e largam-me para a saudade. Sou lógica, tempo e vontade desperta, sou nome, letra, sou passado e presente, sou declaração concreta de quem nunca corta a meta.
Queria ter certezas, queria viver das tuas incertezas e rasgar-te em medos, desvendar os segredos que o teu corpo encerra e que na minha mente emperra. Por essa falta de actividade desvio-me e não quero viver na terra.